Toda a gente com quem falei desde que cheguei perguntou o mesmo:
Então que tal? A primeira impressão qual foi? Tá frio? Houve mesmo quem perguntasse que cheiro tem a Polónia...
Perguntas há muitas logo é importante conseguir dar "vazada" a tanta questão.
Comecemos pelo princípio.
Depois de saírmos do avião em Londres, e depois de termos percorrido
corredores, escadas rolantes, foi no sítio para recolher as malas é que me apercebi que a primeira grande tragédia tinha acontecido: Esqueci-me da saca mais importante para mim àquela hora, a da comida. A dúzia de pães que, com amor, preparei ainda em casa naquela manhã, introduzindo em cada trigo ora fiambre, ora queijo, ora ambos e até chourição, tinha ficado no avião.
Quando me apercebo disso pensei em voltar para casa imediatamente e desistir desta aventura... Com muita força de vontade e coragem tomei uma das decisões mais heroícas da minha vida: Continuar com a viagem e não voltar para casa.
O Xico (português, de Coimbra, baixo e do Pólo 2) acabou por ser o "meio salvador" desta situação toda... e porque é que digo meio salvador e não salvador?
Assim como eu, também ele se preveniu com uma saquinha de mantimentos à base de bolachas e bola de carne... O problema parecia resolvido. Os 4, eu e o Luís soninho, o Xico e o Rocha (solteiro, de Coimbra, alto e do Pólo 2) agarramo-nos à dita "bola de carne" como se não houvesse amanhã.
Depois de comermos uma fatiazita cada um decidimos pousar a saca num sítio seguro, numa cadeira atrás de nós. Acontece que a limpeza em Londres é bem mais eficiente e rápida do que em Portugal. Passado poucos minutos, quando nos preparávamos para a segunda ronda, já não havia saca, logo não havia bola nem bolachas. Tristeza total. Era o segundo saco de mantimentos que tínhamos perdido...
O problema com a comida é mesmo o maior problema que estamos (ainda) a enfrentar...
Respondendo às outras questões, podemos dizer que os dias são de sol mas é um sol muito enganador... ao sol tamos bem mas na sombra está frio, e as noites já pedem cachecol...
Até temos medo de pensar como estará o tempo daqui a um mês quando o Inverno aparecer com força...
Chegamos ao aeroporto com 1h:30m de atraso. A Martyna - nossa guia -
estava à nossa espera. Entramos num táxi daqueles ilegais (são bem mais baratos) e iniciamos uma viagem vertiginosa até ao primeiro Hostel. Valia tudo... Não havia semáforos que o parasse, não havia linhas contínuas que o impedisse de ultrapassar, falar ao telemovel parece que não tem mal aqui e ouvir música muito foleira no rádio é muito comum também...
Como chegamos de noite, a primeira impressão foi esquisita. Uma cidade escura, fechada e deserta. Depois no outro dia de manhã nem parecia a mesma. Movimentada, jovem e alegre.
Ainda é cedo mas acreditamos que vamos gostar muito de tar aqui.