segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Derradeiro

Todos dormem.
Em pleno aeroporto de Frankfurt e a cada vez menos horas de casa, penso na “aventura” que terminou. Recordo com uma nostalgia tal que sou invadido por pensamentos que me fazem querer voltar... já amanhã! Sou, com certeza, a pessoa mais triste deste aeroporto.

O nó na garganta começa a desaparecer lentamente mas na memória, as marcas de Wroclaw irão perdurar. Irá perdurar a emocionada despedida da Alicja, o olhar de menino do Pawel na altura que nos despedimos, a companhia da Marta ao longo dia e o simples acenar de mão do Peter no aeroporto.
Da trupe portuguesa a despedida não custou tanto afinal, somos todos portugueses e andaremos todos perto uns dos outros no futuro...

As pessoas que conhecemos, as amizades que fazemos, os lugares que conhecemos, as “merdas” que nos vão acontecendo e as palhaçadas que fazemos, tornaram a experiência ERASMUS numa das melhores, senão a melhor experiência da minha vida.

E porque ERASMUS é uma questão de pessoas e não de lugares, é chegado o momento de dar uma palavra a algumas pessoas importantíssimas em toda esta experiência.

Primeiro de tudo à família, sem eles, nada disto seria possível. À irmã por carregar o telemóvel... Ao pai pela preocupação insistente com o frio e à mãe pelos telefonemas que por momentos nos fazem sentir em casa.

Ao meu “irmão” durante este tempo todo, Luís. De todos os amigos que tenho ele é o melhor parceiro possível para uma “aventura” como esta. Especialista em arroz e em muitas mais coisas... foi extremamente fácil dividir o quarto e a vida na Polónia com ele. Obrigado por tudo e desculpa por teres que ser sempre tu a apagar a luz do quarto. Escuso de me alongar, tás cá dentro.

À Rita e à Ana. Os jantares, os devaneios, os copos, as viagens, as conversas, os amuos... Tudo isto fez mais sentido convosco ao nosso lado. É bom falar português quando estamos longe de casa e foi sem dúvida muito bom termo-nos conhecido logo no início da jornada polaca. De “hienas” a “putas finas” a AMIGAS, o caminho foi fácil. Quem não deve ter gostado muito da vossa presença aqui foram os donos das bijutarias do Magnólia, Dominikanska e Grunwalzdki... Beijinhos e até já...*

Ao Pawel, à Alicja e à Ewelina. 600 zlotys para viver naquela casa acabou por ser um preço muito bom. A desarrumação e o génio do Pawel, as conversas tontas e as danças da Alicja e a arrumação e as fotografias da Ewelina... tudo isso vale esse dinheiro e muito mais.

Ao Xico, ao Rocha e ao Bruno. Encontramo-nos no dia que partimos à descoberta de Wroclaw logo no aeroporto. Com eles fizemos quilómetros e quilómetros e bebemos litros e litros de tudo o que ia aparecendo à frente... Obrigado Xico pela condução (quase) sempre segura, por partilhares o gosto pelo gin-tónico e por teres queda para a informática. Rocha cara de rabo, obrigado pelos shots e shots e pela cerveja morta que me fizeste beber, pelas ameaças de morte a outras pessoas, por seres do Sporting (é sempre bom haver um sportinguista para gozar a qualquer momento) por seres uma pessoa com quem se gosta de conversar. Bruno, não me esqueço nunca mais da tua soneca no Manhana, da quantidade de malas que trouxeste no primeiro dia, do teu inglês engatatão para as polacas, da tua obsessão pela cebola quando cozinhas qualquer coisa. Ao Hugo, ao Samuel, ao João, ao Igor... pessoal, foi um prazer conhecer-vos e será um prazer ir convosco para os copos em Coimbra, Lisboa, Porto... Tudo de bom, aproveitem como só vocês sabem e claro, até já**

To Peter. The person that most “suffer” with the portuguese guys. Thank you for everything! Thank you for Sweden, for Krakow, for the opera, for the football, for solarium, for being always availabe to help us and for being the most inteligent person from our class for sure! Peter, have a good life, you deserve and I really hope to see you soon. Warm regards from the (always not on time) portuguese guys. I will not forget you easily believe me. Hope to see you soon in Portugal or in Budapest why not?

À Marta. Conhecemo-la tardiamente embora tivéssemos o contacto dela desde o início. Obrigada por tudo... pelos chás, pelos cafés, pelo riso fácil, por seres a pessoa mais simpática da nossa universidade, por falares (ou tentares) português, por ser incrivelmente fácil ser teu amigo e conversar contigo, por teres ficado connosco até aos últimos momentos da estadia na Polónia. Obrigada por tudo. Veremo-nos em breve, tenho a certeza!

À Marisa. Por ser como é. 645.

Ao pessoal do “DRIIC” em especial à menina Sofia por ter mostrado uma simpatia e uma abertura irrepreensível desde o início do processo de candidatura a ERASMUS, por ter paciência, por me ter dado “dinheirinho” e sobretudo por nos ter ajudado em tudo que
precisamos. Sofia, o mais sentido agradecimento por tudo isso e... até logo ;)

Podia falar de muita mais gente mas fico-me por aqui. Ao escrever este pequeno “texto” o nó na garganta voltou. Estou triste mas é a vida...

Um obrigado especial a todos os amigos que, a partir de Portugal, me acompanharam nos momentos menos bons. Obrigado também a todos aqueles que nos acompanharam nesta aventura memorável através do blogue, pelo telefone, pela visita a Wroclaw...

Agora, SHOW MUST GO ON, como diz a música.

Até já.

João Madureira

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Equívoco

Ai ERASMUS é uma desculpa para andar a passear e gastar o dinheiro dos pais?? Errado! Tá mal! Anda quase toda a gente equivocada.
Vamos às aulas, fazemos trabalhos, estudamos e aprendemos a falar inglês.

Ele está vivo!

Se eu vos dissesse que tivemos uma aula com o saudoso? Doutor António Oliveira de Salazar acreditavam? Claro que não. Mas o gajo era mesmo parecido com o "melhor português de sempre". Confirmem vocês...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Para mais tarde recordar!!!

Novembro de 2008 - Bratislava

Devaneio... mais um!

Desfaz-se o tempo em rotinas e vontades, em projectos e verdades, em desgostos que se alastram em vestígios distorcidos. De nascentes que encontramos, é sempre quando seca que tudo se tem que se agarrar a tudo o que faz fugir.
A verdade passa a estar no fundo dum copo cheio do que se quer ser e a beata no chão que faz os olhos arder é a nova moda das crianças que ainda estão a aprender como têm que estar, andar, beber, dançar, comer, falar, ouvir, sentar, sorrir... e tudo para saber existir.

OBS: Mais um devaneio de quem está prestes a ter de se despedir outra vez de algo.

Ah, se vos parecer familiar não estranhem, é mesmo.

Agora, um filme.

Do mesmo realizador de "Trainspotting" chega até nós "Slumdog Millionaire". (Entrada mesmo parecida com um apresentador dum programa de cinema, ou do cartaz das artes...)

Vejo muitos filmes, é o meu passatempo preferido. Depois de ter visto este, sinto-me na obrigação de dizer a toda a gente que se trata sem dúvida dum filme que é "obrigatório ver".
Com uma banda sonora quase perfeita, foi sem dúvida o melhor filme que já vi nos últimos tempos. (O Curioso Caso de Benjamin Button foi muito bom também mas...)
De todo o filme, só lamento os minutos finais imediatamente antes do genérico final, bem ao estilo Bollywood.